segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Biscoito - O cachorro vulto








Abraçar meu cachorro me dava uma tranqüilidade que eu não conseguia explicar... Deve ser por isso que na sede do Google os funcionários levam seus bichinhos de estimação: ou seja, não é uma distração, porque tranqüilo todo mundo deve trabalhar mais. =D

Em apenas uma caminhada para comprar meu carnê do INSS descobri que eu posso sair como acordei... Isso vai causar estranhamento no sistema “pessoas que saem para caminhar devem se vestir assim”. O pensamento dos receptores seria: O QUE É ISSO? Se eu estivesse vestida para matar o pensamento seria: O QUE É ISSO? A frase é a mesma, mudando o sentimento “eu quero distância de você ou eu quero você para sempre”...

Mas assim... é a mesma pessoa, como que um adereço a mais ou a menos pode desencadear tudo isso? Tudo depende do universo interno da pessoa. Antes eu olhava para alguém de rua e pensava: é um libertino, ele não se adaptou as regras da sociedade e deve beber dia e noite para fugir da realidade. Hoje eu penso: é a pessoa mais desapegada que existe. Não é isso que todas as religiões pregam, desapego total? Se o dinheiro que ele teve foi entregue ao dízimo, agora ele está salvo, só falta o juízo final!


Hoje vestida para matar encontrei meu vizinho que sempre passeia com o cachorro quase sempre na mesma hora que eu, algumas vezes ele me ignorou, outras vezes ele disse um “oi” muito simpático. Hoje ele só coçou os olhos. Minhas duas interpretações possíveis: “ essa louca acha só pode achar que ta arrasando” ou “nossa, ela está muito bonita..não quero que ela me veja olhando para ela quando estou pensando nisso”. De qualquer forma as duas frases são projeções da mente dele. Como posso permitir que uma projeção que não sei nem ao certo qual é, transforme em mim? Me desculpe, mas quem é responsável por isso sou eu. Por isso acredito que se a sobra de uma casa limpa é um pano sujo, a sobra de um roubo é a desconfiança, a sobra de um sorriso é o pensamento que esse mundo ainda tem jeito.

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