terça-feira, 24 de maio de 2011

O Elefante




Uma criança ao descer do ônibus perto do zoológico, gritou eufórica : “O elefante, o elefante”.
De onde vem essa euforia pelo simples avistamento do elefante? Ok. O vemos somente em duas dimensões pela TV e quando ela toma corpo, sentimos então que ela sai do irreal para o real... E quem definiu que isso seria motivo de euforia? Todos os nossos desejos são baseados em construções de nossa mente que quando se realizam, nos tornam potencialmente eufóricos. Quem construiu primeiro o pensamento de que o elefante é algo bom de se ver? Se todos nós tivéssemos essa mesma euforia ao avistarmos qualquer fato cotidiano, nossa vida teria: “o sol, o sol”, “o engarrafamento, o engarrafamento”,“o chefe, o chefe”, “o beijo, o beijo”.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sobre meus ultimos ensinamentos



O díficil não é estar com ele.
É estar comigo, quando estou sem ele.

Assim como eu, quem convive comigo renasce como uma nova pessoa todos os dias.
Faz todo sentido experimentar todo e qualquer tipo de contato como algo completamente novo.

Quando digo que amo, o amor não deve doer. Se dói, é qualquer outra coisa, menos amor.

A dança de contato e improvisação é saudável aos esquizofrenicos e psicopatas.
Por meio do corpo eles tem a experiência de limite, e o limite fornece uma sensação de realidade.

Ser mãe é ter a experiência de ter uma parte sua, fora de você.
E se olhassemos cada pessoa como um ser que é parte nosso, fora de nós?

O sexo desestabiliza o sistema nervoso, hormonal, respiratório. O gasto excessivo de energia, leva nosso organismo à exaustão .
Se todos nascemos com um instinto de sobrevivência, por que somos impelidos a todo momento à nos exaurir?

Por que a dor é importante?
Quando ela aparece, é impossivel pensar em outra coisa: a sua mente recebe um foco, que é basicamente a unica coisa necessário para a meditação.

Se você tem um conflito interno, pode não se achar pronto para servir.
Mas é servindo que os conflitos vão começar a se solucionar.

Não existe mal.
Isso é só um nome para quando nossa energia não flui diretamente para a fonte criadora.

Todas as nossas ações se originam de uma fonte criadora.
Quando todas elas são realizadas tendo como intuito a celebracao à essa fonte, ela retorna à sua origem, (como quando fazemos algo que gostamos).
Para retornar a origem essa ação precisa ser imbuída das virtudes provenientes da fonte: bondade, justiça, amor.

E se Adão tivesse sido o primeiro a morder a maçã para oferecer à Eva?
A raça masculina seria a culpada pelos males da humanidade?

Por que tantas mulheres rejeitam seus filhos?
Uma boa explicação é que o tal instinto maternal não é tão instintivo mas, possivelmente adquirido por meio da cultura.

Eu sou um ser criado para o amor.
Pela minha necessidade de amar ser infinita, imprimo amor a cada gesto, a cada ser, a cada respiração.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ensinamentos de Lama Padma Santem





Dalai Lama chorou quando seu filho morreu: não por apego ou saudade, mas por compaixão. Como seu filho já era um mestre, ele refletiu sobre as pessoas que iriam deixar de ouvir seus ensinamentos e serem liberadas do sofrimento através dele.
Os mestres dançam em meio ao mundo. Eles se aproximam das pessoas mas não pensam baseados em emoções.
A maneira que você olhar um arroz pode fazer você atingir a iluminação ou ir para os infernos. Por exemplo, na ganância, você vai para o reino dos famintos. Assim, não se deve evitar os diferentes lugares, porque todas as manifestações do mundo alimentam sua prática.
A sala de conferencia é a cadeira? Não. É a parede? Não. No final não sobra mais nada, porque a sala não é. A ilusão é achar que o todo se torna algo muito sólido, indestrutível, mas nosso medo se torna infundado quando percebemos que tudo que muda, não é.

Ansiedade, crianças, descobertas


Me cobrei o para não sentir ansiedade hoje, inutilmente por três vezes. Ah! Como as crianças são felizes! Elas precisam de um pouco de comida e carinho de suas mães. E pronto: no mundo não existem mais problemas. Elas brincam com um pneu velho, uma bola murcha ou um papel rasgado. Então, percebi que a maior parte das vezes que estou feliz é porque estou dando espaço para descobrir algo como se fosse a primeira vez que estivesse olhando-o: exatamente como uma criança faz. A atenção dela se concentra ali, tão somente em sua descoberta.

Me senti imensamente importante por participar da primeira reunião do CEBB (Centro de Estudo Budista Bodisatva)em Brasília. Falamos sobre dukka (a alegria junto ao sofrimento): eu caso, mas com a preocupação de se ser traída, estou num novo relacionamento mas tenho medo de ser abandonada. Será que não existe uma felicidade verdadeiramente isenta de algum mal?