
segunda-feira, 18 de março de 2013
Fixo. Caule estático, sólido, completamente fincado no solo... imóvel.Por outro ângulo, suas folhagens suntuosas se balançam livremente, sem pressa de ir ou voltar... Apenas deixando ser embaladas pelo movimento cíclico da própria paisagem. O coqueiro não se preocupa com a intensidade do vento, ou se ele virá ou não.
É possível que um dos ventos se demore em suas folhagens o fazendo sentir uma sensação de dança, euforia e êxtase. Mas, o vento tem que se despedir, e as vezes, sem que ambos agradeçam devidamente pelo momento compartilhado.
O coqueiro não cobra que o vento fique ou que a dança continue e assim, deixa o vento seguir, enquanto saudoso, pode lembrar de cada movimento ocorrido.
Percebendo que a impermanência é inerente ao seu processo de existir vislumbra que um novo vento está por vir.
É assim que o coqueiro o recebe como se nunca houvesse dançado antes.
E aquela é a primeira dança. Novamente.

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