
Um senhor de camisa azul se sentou ao meu lado na parada de ônibus, observando o movimento. Pensei: daqui a pouco trocaremos os papéis e eu serei a senhora aposentada a divagar sobre a paisagem. E ele disse: quem não trabalha, não tem valor. O trabalho é fundamentalmente importante, reconheço. Mas a partir do momento que ele passa a excluir e a fazer pessoas se sentirem exiladas, mesmo estando em sociedade é algo relativamente questionável.